5 Exemplos de Combate ao Viés Inconsciente

Cada vez mais as empresas têm se comprometido em proporcionar um ambiente com maior igualdade para as mulheres. Com isso, o combate ao viés inconsciente acabou ganhando uma maior importância nos programas de equidade de gênero.

Ainda que cada organização enfrente desafios diferentes, o primeiro passo é reconhecer que todos estamos sujeitos ao viés inconsciente e que ele pode afetar negativamente as nossas ações. Por isso, a ferramenta mais comum é o treinamento, porém está longe de ser a única!

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1. Treinamento

O treinamento tem o objetivo de explicar o que são e quais são os tipos de viés e ajudar as pessoas a reconhecer em si alguns padrões negativos. Assim, em algumas empresas, essa prática já é obrigatória a todos os funcionários.

Google, Facebook, Unilever, Accenture, Nestlé são só alguns exemplos que já adotaram o treinamento. Além disso, o Facebook disponibiliza um treinamento online grátis, em inglês, com duração de uma hora bem didático e com vários exemplos até de como agir.

2. Bom diagnóstico – Análise de Dados

Outro passo importante é entender quais são as principais desigualdades que acontecem na empresa, e quais vieses estão contribuindo para tal situação. Para a partir disso, construir os planos de ação que mudem realmente o ambiente.

Por exemplo, a percepção que havia na PwC do Brasil, é que as mulheres estavam deixando a empresa por não conseguirem conciliar o trabalho com a maternidade. Depois de uma análise, foi diagnosticado que além das mulheres receberem piores avaliações, muitas oportunidades não eram oferecidas a elas, assumindo que elas não teriam mobilidade para um estágio internacional por serem casadas e terem filhos. Ou seja, elas nem eram consultadas.

Já no Google, de fato as mães de primeira viagem tinham duas vezes mais chance de pedir demissão que a média das funcionárias em geral. A partir disso, a empresa melhorou as políticas de licença maternidade e paternidade para mudar o que estava acontecendo.

3. Recrutamento – Anúncio das vagas

Além do recrutamento às cegas, algo simples e que ajuda a diminuir os vieses é tomar cuidado com a linguagem usada na descrição da vaga. Muitas vezes ela acaba inibindo a candidatura de um determinado gênero. Por isso, o indicado é usar sempre palavras mais neutras.

Outro fator são as fontes usadas para encontrar candidatos, o que também pode diminuir a diversidade. Por exemplo, considerar só indicações de funcionários para uma vaga, pode favorecer a contratação de um perfil já presente na empresa.

4. Recrutamento – Entrevistas

Uma recomendação que é sempre feita para as entrevistas é alinhar antes os critérios de avaliação entre todos os entrevistadores.

Apesar de simples, muitas vezes isso não é feito. O que acaba deixando espaço para que impressões pessoais e vieses prevaleçam na escolha.

5. Histórico de Nomeações

A Unilever em parceria com uma universidade criou o Índice de Nomeação de Gênero para revelar o viés das promoções feitas pelos líderes da companhia.

O índice mede a razão entre o número de mulheres nomeadas por uma pessoa, e o número de homens nomeados pela mesma pessoa, considerando somente os últimos cinco anos. Assim, eles têm uma visão sobre as suas próprias decisões, se tem algum viés de gênero e se é preciso fazer alguma mudança.

E na empresa em que você trabalha? Tem alguma medida para combater o viés inconsciente? Já tem pelo menos um treinamento sobre o tema?