Inclusão no ambiente de trabalho: 5 ações práticas
Ter políticas e retaliar comportamentos discriminatórios, oferecer igualdade nos benefícios e nas oportunidades de seleção e recrutamento, são os fundamentos para a inclusão no ambiente de trabalho.
Mas é nas ações do dia-a-dia que se constrói um lugar onde as pessoas se sintam seguras e encorajadas a serem elas mesmas. Assim, resultando em uma melhor performance e maior produtividade.
Ainda mais sabendo que nas empresas, 40% das pessoas LGBTQIA+ escondem a sua orientação sexual e que 75% delas já passaram por alguma experiência negativa com relação a sua orientação no último ano. Ou seja, ainda temos muito que evoluir na inclusão.
Antes de tudo, vale ressaltar que a responsabilidade de tornar o local de trabalho inclusivo é de todo mundo. É um ato de respeito ao próximo.
1. Dê espaço para a autoidentificação de pessoas LGBTQIA+
Desde a entrevista, pergunte quais são os pronomes com os quais a pessoa deseja ser tratada. Dessa forma, você envia uma mensagem clara sobre inclusão para todo mundo. Portanto, não faça suposições baseadas na aparência, dê abertura para as pessoas serem elas mesmas.
Não sabe como abordar? É simples! Basta perguntar “Desculpe, quais são seus pronomes?”ou “Eu não entendi seus pronomes, quais são?”.
Além disso, não peça para uma pessoa esconder ou minimizar algum aspecto da sua personalidade ou apresentação pessoal para seguir um padrão heteronormativo.
2. Fique alerta para os seus vieses
Já sabemos que os esterotipos podem agravar os vieses e a discriminação que as pessoas LGBTQIA+ sofrem nas empresas, até mesmo restringindo o seu acesso a oportunidades devido a um padrão normativo de liderança.
Assim durante as avaliações, foque em resultados e não em impressões subjetivas como estilo e o famoso “fit”, adequação para uma determinada posição.
Nesse sentido, nada melhor que conhecer pessoas diferentes de você para desconstruir os viéses inconscientes e entender que não existe só um jeito certo de fazer as coisas.
Quer saber mais sobre como combater o viés inconsciente? Clique aqui!
3. Linguagem neutra
Seja por e-mail, nas reuniões ou nas conversas informais é importante usar uma linguagem que evite gerar preconceitos, discriminações e ofensas.
Assim, abaixo segue uma lista de como podemos usar uma linguagem neutra no dia-a-dia:
Ao invés de usar … | Use…. |
O interessado | A pessoa interessada |
As senhoras da limpeza | O pessoal da limpeza |
Os homens de negócios | O mundo dos negócios |
Os participantes/ os leitores | Quem participa/ quem lê |
Não recrutará um candidato que … | Não recrutará ninguém que … |
O candidato deve enviar o seu formulário até …. | O formulário de candidatura deve ser enviado até … |
Do mesmo modo, outro exemplo muito comum é sobre as relações de casal, não assuma que as pessoas são heterossexuais e casadas. Os termos “cônjuge”e “parceiro/parceira” são mais inclusivos tanto em relação a orientação sexual, quanto a forma de relação pessoal.
4. Seja uma aliado da Inclusão
Faça parte e apoie publicamente as atividades de Diversidade e Inclusão que sua empresa oferece. Afinal, criar um ambiente inclusivo é responsabilidade de todo mundo.
Alguém fez uma piada sobre pessoas LGBTQIA+? Interrompa piadas e comentários ofensivos, de modo que a pessoa entenda que não está tudo bem.
Isso porque pessoas pertencentes a minorias podem não se sentir à vontade para levantar questionamentos com medo de piorar a situação ou até mesmo de serem prejudicadas profissionalmente.
5. Seja um patrocionador
Tenha um papel ativo na carreira de alguém que pertença a uma minoria. Ou seja, apoie o seu crescimento profissional e impacte diretamente na retenção e na ascensão desse grupo.
Por fim, nunca é demais reforçar, o quanto é importante manter-se atualizado e informado sobre as definições e barreiras que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam, para poder promover um ambiente diverso e inclusivo.
Tem mais alguma prática para melhorar a inclusão no ambiente de trabalho? Deixa aqui nos comentários.
Gostei! Prático e objetivo! Vou me disciplinar para mudar minhas manifestações.
Atitudes discriminatórias, mesmo as mais sutis, devem ser sempre combatidas.